segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Saudade
Essa palavra que só existe no português
Que expressa por si só uma multidão de sentimentos
Saudade
De ontem
Do ontem que vivi
E daquilo que não pude viver
Aí junta-se a arrependimento
Mas não se pode mudar o que passou
Saudade
Da vida
Aquela vida que foi perdida
Seja para a morte
Seja para o tempo que tudo muda
Saudade
De sentimentos que eu costumava sentir
Saudade da inocência que já tive
Saudade do que eu era
Saudade do que poderia ter sido
Saudade
Não existem palavras em mim pra expressar o que sinto
Então apenas digo
Saudade
sábado, 28 de abril de 2012
Por que
Por que, muitas vezes, eu também sou?
Por que julgamos sem capacidade para faze-lo?
Por que gostamos de ter respostas?
Soluções?
Por que somos tão intrometidos naquilo que não nos diz respeito?
Por que achamos que devemos saber de tudo, ou pior, que sabemos?
Por que não nos resignamos às nossas limitações?
Por que não aceitamos que somos pequenos, que sabemos pouco diante de tanto que há para se saber?
Por que não aceitamos que erramos e que erros são humanos?
Por que demoramos tanto, e por vezes, a vida inteira para admitirmos que erramos, que somos falhos, imperfeitos?
Por que esse desejo de grandeza?
Esse orgulho?
Essa soberba?
Somos humanos.
Vivemos alguns anos e de um dia pro outro a vida pode nos ser tirada, do nada, sem nem sentirmos
Então por que?
Por que tantos porquês?
Por que tanta preocupação, tanta maldade, tanto julgamentos?
Se é tudo tão curto, tão rápido...
Pra alguns pode ser 20 anos, as vezes até meses, pra outros 90,100 anos
Independente de quanto nos é dado, nunca sabemos quando vai acabar
Então por que?
Por que tanta culpa?
Por que tanta loucura, injustiça, maldade, futilidade?
Por que?
Por que tantas perguntas?
E, principalmente, por que tantas respostas?
Se não há tempo pra isso,
Há de se viver
Há de se vibrar, curtir, gozar
Por que tanta perda de tempo com o que é efemero?
Se há tanto fundamental sendo perdido
Escorrendo pelo ralo
Como qualquer coisa sem importância
Por que?
Por que?
Por que?
Quando somos crianças perguntamos tanto
Quando crescemos nos conformamos com respostas idiotas que não respondem nada....
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Por inteiro
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
sábado, 3 de setembro de 2011
Te amo até o amor acabar
Não como disse Nando Reis ´de janeiro a janeiro´
Perto do que disse Vinícius de Moraes
´que não seja eterno posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure´
E quem sabe o quanto pode durar o amor?
1 semana? 1 mês? 1 ano? 100 anos? ou uma vida inteira...
quem sabe?
eu não
será que alguém pode mensurar o tempo de duração do amor, de um amor
quantos dias ele existirá
qual será sua intensidade
etc etc etc
eu não
eu não posso
mas posso te amar
posso te amar com todas as forças que me permitem te amar
posso te amar e te garantir que te amo
a cada eu te amo
a cada olho no olho
a cada toque, carícias
você pode acreditar pq cada um deles é e será sincero
não minto
não te engano
em cada olhar eu te amo
em cada toque aí está meu amor, totalmente entregue a você
não faço falsas promessas
prometo o que posso prometer
prometo que te amo
prometo que gosto de te amar
e que vou buscar te amar e continuar te amando
enquanto for possível te amar
enquanto existir lugar pra esse amor viver
enquanto ele puder, e permitirmos, que ele possa
te amarei
não vou viver de fantasias românticas
construídas por sei lá quem, sei lá com que fundamento
meu amor tem base, tem endereço, tem chão
meu amor não vive vagando por aí
de fantasias em fantasias
meu amor vive de eu e você
enquanto isso puder existir, meu amor viverá
enquanto existir eu e você, juntos
meu amor poderá viver
poderá renascer
meu amor tem chão, tem raiz
porque tudo que se quer que viva muito tempo
que resista a tempestades e ventos
há de ter raiz
meu amor é forte
meu amor não vive de sonhos
meu amor é real
sábado, 4 de junho de 2011
Será que Jesus vai voltar? Sobre a festa da Ascenção - Carlos Mesters e Francisco Orofino
Sexta-feira, 3 de junho de 2011 - 11h10min
A comunidade é o próprio Jesus continuando a missão que o Pai lhe deu: “Como o Pai me enviou, assim envio vocês!” (Jo 20,21). “Vocês são a carta de Cristo!” (2Cor 3,3). O que importa não é saber a hora da volta de Jesus no fim dos tempos, mas sim continuar anunciando a Boa Nova de Deus até que ele volte! A pequena comunidade deve ser Luz das Nações, realizando sua missão junto aos pequeninos e fazendo com que outras pessoas se tornem também discípulas de Jesus.
Extraído do livro Atos dos Apóslotos: Olhar no espelho das primeiras comunidades. Faça seu pedido: vendas@cebi.org.br
Por volta dos anos 80, muitas comunidades estavam cansadas e tinham uma certa impaciência. Elas se perguntavam: “Será que Jesus vai voltar?” Pois Jesus tinha prometido voltar logo, mas até aquele momento ainda não tinha vindo! Daí a pergunta: “Vem ou não vem?” É também a pergunta de muita gente hoje: quando vai ser o fim do mundo? Quando é que Jesus vai voltar?
Atos 1,7-8: A resposta de Jesus que vale até hoje
As últimas palavras de Jesus aqui na terra trazem a resposta que vai servir de rumo para os cristãos de todos os tempos. Também para nós! Jesus diz: Não cabe a vocês conhecer os tempos e as datas que o Pai reservou à sua própria autoridade! Mas o Espírito Santo descerá sobre vocês e dele receberão força para serem as minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os extremos da terra! Em vez de querer penetrar no segredo de Deus, os cristãos devem deixar-se penetrar pelo Espírito de Deus para que possam ser testemunhas de Jesus. Em vez de ficar olhando para a volta de Jesus no fim dos tempos, a pessoa cristã deve estar atento à volta de Jesus através do Espírito no dia-a-dia da sua vida. O resto, a gente deve deixar por conta do Pai que tem a história em suas mãos.
Em outras palavras, a resposta que Lucas dá às comunidades dos anos 80 é esta: Jesus já voltou no dia de Pentecostes e, agora, ele está presente na comunidade! A comunidade é o próprio Jesus continuando a missão que o Pai lhe deu: “Como o Pai me enviou, assim envio vocês!” (Jo 20,21). “Vocês são a carta de Cristo!” (2Cor 3,3). O que importa não é saber a hora da volta de Jesus no fim dos tempos, mas sim continuar anunciando a Boa Nova de Deus até que ele volte!
Nesta resposta de Jesus, Lucas dá também o esquema do livro dos Atos: dar testemunho de Jesus em Jerusalém (At 2 a 7), em toda a Judéia e Samaria (At 8 a 15), até os confins do mundo (At 16-28).
Atos 1,9: Descrição da ascensão
Diz o texto: Jesus foi elevado à vista deles e uma nuvem o ocultou a seus olhos. Desta frase vem o que até hoje repetimos no Credo: “Subiu ao céu, onde está sentado à direita de Deus Pai”. A nuvem é um símbolo da presença de Deus. Ela acompanhava o povo no deserto, depois da saída do Egito (Ex 13,21-22; 40,36-38). E quando Salomão inaugurou o Templo, ela encheu o Santo dos Santos para significar que Deus tinha tomado posse (1Rs 8,10-13). Dizendo que uma nuvem ocultou Jesus aos olhos dos discípulos e das discípulas, Lucas afirma que Jesus entrou no mundo de Deus para poder estar sempre conosco. De junto de Deus, ele nos envia o dom do Espírito Santo, a cada momento. Por isso, podemos dizer e gritar durante as nossas celebrações: Ele está no meio de nós!
Atos 1,10-11: O recado dos mensageiros
Depois que Jesus desapareceu, os discípulos e as discípulas ficaram aí, parados, olhando para o céu. Era o que, no tempo de Lucas, muita gente fazia. Ficavam olhando para o céu, esperando a volta de Jesus, e esqueciam de cumprir aqui na terra seu dever de serem testemunhas de Jesus (2Ts 3,11-12).
Neste momento, aparecem dois homens vestidos de branco. São mensageiros que transmitem ou esclarecem a mensagem de Deus que existe dentro dos fatos. Quando alguém faz isto, dizemos que ele ou ela é um anjo ou uma anja de Deus. A palavraanjo significa mensageiro. Os dois dão um recado que deve animar a caminhada das comunidades: “Tão certo como Jesus subiu para o céu e agora se encontra junto de Deus, tão certo ele voltará e se manifestará de novo, do mesmo modo como vocês o viram partir aqui”. Com esta certeza no coração, os cristãos devem continuar o anúncio da Boa Nova, sem se preocupar com a data e a hora da volta de Jesus (At 1,7; Mc 13,32).
Assim, Lucas adverte as comunidades dos anos 80 (e também as nossas de hoje), para que a demasiada preocupação com a vinda gloriosa de Jesus no fim dos tempos não as impeça de perceber que Jesus já estava aí no meio delas. Esta nova volta invisível mas real de Jesus se deu no dia de Pentecostes e nos muitos outros pentecostes que seguiram depois, até hoje: na Palavra, na Eucaristia, na Comunidade, nos acontecimentos, de tantas maneiras! É preciso ter o olhar de fé para poder percebê-lo. Este olhar se adquire na comunidade.
Texto extraído do site: http://www.cebi.org.br