sábado, 17 de outubro de 2009

Sobre a dor e o sofrimento

"A dor é a experiência penosa, a experiência do desprazer de intensidade e duração variáveis, normalmente localizada no corpo próprio e geradora de evitamento. A experiência da dor é universal entre os seres humanos e estende-se a outras espécies animais. É um exemplo paradigmático de experiência consciente e coloca desde logo o problema de saber que tipo de acontecimento ela constitui. Na medida em que parece irredutível a uma descrição externa, como seria a que tomasse por base disposicões comportamentais, evidencia uma perspectiva privilegiada: a daquele que se vê afectado por ela. " Maria José Cantista

Por que falar sobre dor hoje? Ou a pergunta seria por que não falar?
Por que não falamos mais da dor e do sofrimento, se estes acometem a todo ser vivo na face da terra?! Por que escondemos as dores e sofrimentos na sociedade comtemporanea? Por que nos guiamos pela busca desenfreada pelo prazer, negando a todo instante aquela que está sempre presente? Nossa sociedade desaprendeu a lidar com a dor e o sofrimento. Busca nega-los a todo instante. Guia-se por promessas de felicidade constante, pelo fingimento de um mundo só de prazeres.
Assistindo a séries médicas me deparei com casos ficticios de pessoas que não sentiam dor. Por algum motivo estas pessoas não sentiam qualquer dor. Seria isto incrível para qualquer pessoa, não fosse o fato de que sem a dor, a pessoa não é avisada de uma doença, não é avisada sobre um corte, se está frio demais, se está quente demais. Ou seja, a dor é um mecanismo do corpo humano para avisa-lo de que algo vai errado. Sem a dor não podemos saber que algo vai errado, desta forma não é possível identificar logo o caso e tratá-lo, torna-se dificil o diagnóstico de uma doença e seu posterior tratamento. Traçando uma comparação, podemos supor que a dor e o sofrimento que acompanham a humanidade também sejam sintomas de que algo vai errado com esta. Algo não está bem, existe algum problema no ar. Portanto negar a dor não é acabar com o problema, é simplesmente um sintoma que impede a sociedade de diagnosticar sua patologia, não podendo assim tratar-se. A falta da dor, ou sua negação, apenas garante que tudo continuará como está, sem gerar incomodo, passando assim uma falsa idéia de estar "tudo bem".

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Quisera vivir una fantasia

Texto que escrevi há pouco mais de um mês atrás:
"Quisera vivir una fantasia
Queria viver em uma fantasia
Um mundo de ilusões
Será que de lá eu poderia um dia sair?
Ou será que lá viveria para sempre?
Será que lá seria perfeito?
E todos os meus sonhos se realizariam?
Não haveria sofrimento, nem dor
Nem esforço, pois tudo seria fácil
Seria simples
Não haveria algo trabalhoso demais
Tudo seria prazer
Tudo seria fácil e estaria ao alcance de todos
Lá os amores aconteceriam, sem dores, e não acabariam
Mas se acabassem, não teria problema, seria sem dor, sem mágoa, sem sofrimento
Lá seria o paraíso
Ninguém brigaria, ou se odiaria
Todos seriam felizes
A alegria seria constante para todos
Não haveria falta, saudade
Não haveria vazio, nem ociosidade
Lá...
Lá seria o melhor lugar para se morar
Lá... lá seria, simplesmente, o paraíso
E ninguém sairia de lá
Não por ser obrigado a viver lá
Mas porque não poderia deixar tamanha maravilha e perfeição
Lá os defeitos sumiriam, as limitações, as dificuldades
Haveria festa e cada um só faria o que lhe desse prazer
Que lugar é esse?
Será que é o paraíso ou um hospício?!"

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Você sem nome

Mais um poeminha/desabafo, enfim... é isso aí!!!
"Quando estou só, sinto-me só, é pra você que fujo
Quando me faltam palavras, nas suas busco refúgio
Quando minha boca seca, diante de tudo que vejo, busco a ti
Só te ver já me faz crer que algo de bom virá, há de vir
Há de ter um sol brilhando após a chuva
Há de ter uma baú de tesouros depois do arco-íris
Há de existir um lugar onde podemos viver em paz
Onde é permitido ser feliz todo o tempo
Há de existir um lugar em que poderemos nos encontrar, sem fronteira, sem limites
Quando sinto que o mundo desabou, é pra você que corro
Para os teus braços, teus afagos, teu consolo
Quando me sinto fraca é na tua força que me escondo
E em ti sou protegida contra a desesperança, as dores, os sofrimentos, a vergonha
Fujo, fujo, corro e só em ti encontro a calmaria
Só em ti encontro...
O que encontro?
Encontro a ti."

domingo, 28 de junho de 2009

Poema pra começar!!!

Poema meio bobo, texto, desabafo, não sei. Enfim, mas resolvi coloca-lo para abrir esse blog. Não sei exatamente de quando é esse poema/desabafo, seja o que for, mas com certeza foi desse ano, dos últimos meses provavelmente.
"Não desejo que o príncipe encantado
Venha me salvar em seu cavalo branco.
Desejo eu mesma, eu salvar-me
Salvar-me do turbilhão em que
Minh´a alma insiste em mergulhar
Desejo conhecer-me, minha força,
Meus defeitos, minha beleza
Desejo ser eu mesma e não desejar algo
Porque alguém diz-me que devo desejar
Desejo conhecer meus próprios desejos
E aprender a desejar o que é melhor pra mim
Desejo um dia de sol, brilhando sobre mim
E uma brisa suave que refresque meu corpo
E minh´alma
Desejo viver cada instante, cada momento
Como se fosse o último, como se fosse o primeiro,
Como se fosse o único
Desejo-me, desejo a vida que ainda não vivi
Desejo experimentar novas sensações
Mesmo que seja para perceber que não me agradam
Desejo-me, desejo-te
Desejo-te, ser amado, que minh´alma
Até agora não conheceu
Desejo viver a vida que foi feita pra mim
Cumprir minha "missão" nesta terra
Cumprir meu chamado, ou como queira chamar
Mas deixar meu legado neste mundo
E gerar mudança, melhorar
E que o ser humano seja mais humano
Mais ele mesmo, menos o outro"